Na data em que se reverencia o Dia Mundial do Câncer, 04 de fevereiro, o oncologista Fernando Medina, do CECAN (Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba), alerta para a influência que os bons sentimentos desencadeados pelo paciente podem ter sobre o processo de estabilização e até mesmo de cura da doença.

“Quando a gente pratica e desenvolve bons sentimentos, como a tolerância, a calma, a harmonia, a fé e a gratidão, a gente se sente mais forte e protegido”, disse Medina. Segundo ele, ao vibrarmos na frequência desses sentimentos, essa sensação positiva é ‘decodificada’ pelo cérebro humano e emitida para todo o corpo em forma de energia e bem-estar que proporcionam maior vitalidade ao organismo.

“O impacto positivo de sentimentos altruístas é fundamental a todos, sobretudo, ao paciente portador de câncer, porque ajuda no controle emocional com benefícios diretos ao tratamento convencional, à base de quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e cirurgia, a depender do caso”, disse.

Segundo o especialista, 5% de todos os cânceres são hereditários. “Os outros 95% dependem da carga de estresse, dos maus hábitos alimentares, do nível de álcool e fumo consumidos, da obesidade, do sedentarismo e daquilo que fazemos e sentimos no dia a dia no trabalho, em casa e até mesmo nas horas de lazer”, disse.

Por este ponto de vista, ele defende que o câncer não é inevitável, nem determinado pelo destino. “Geralmente, ele é o resultado das nossas escolhas, feitas de forma voluntária ou não”, argumentou.

Para ele, além de manter-se informado e longe dos fatores de risco como prática preventiva e realizar os exames de rotina para diagnosticar a doença em seu estágio inicial, a dica para reduzir ao mínimo a possibilidade de ocorrência do câncer é cultuar os bons sentimentos em complemento aos cuidados convencionais de rotina.

“Abandone o fumo, evite bebidas alcoólicas, pratique atividade física, mantenha o peso, tenha uma alimentação saudável, ingira muita água e procure dar menos importância aos problemas, espantando os maus pensamentos”, indicou Medina.

Outra dica valiosa do oncologista é atentar-se a feridas que não cicatrizam, mudança de hábitos urinários ou intestinais, má digestão ou dificuldade para engolir, alteração de manchas ou de verrugas, sangramentos ou secreções anormais, tosse ou rouquidão persistentes, e espessamento ou caroço em mamas ou outros locais do corpo. “São sintomas que podem se apresentar como sinais da doença”, disse.