Setembro Amarelo: Como identificar sinais de risco e oferecer apoio

Setembro Amarelo: Como identificar sinais de risco e oferecer apoio
O Setembro Amarelo é um mês dedicado à reflexão e à conscientização sobre a importância de cuidar da saúde mental. A campanha teve origem com a história de Mike Emme, um jovem estadunidense que, em 1994, cometeu suicídio.
Conhecido por seu espírito prestativo, Mike havia restaurado um Ford Mustang 1968 e pintado de amarelo, cor que hoje simboliza essa causa. Seus amigos e familiares iniciaram o programa Yellow Ribbon (Fita Amarela), dando início a uma corrente de prevenção que, anos depois, se espalhou pelo mundo.
Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), impulsiona oficialmente a campanha no Brasil, transformando o Setembro Amarelo em uma grande ação para falar sobre a importância de prevenir o suicídio.
Por que falar sobre saúde mental é essencial?
A saúde mental é um dos pilares do bem-estar humano. Ela envolve a capacidade de lidar com o estresse do dia a dia, cultivar relações saudáveis, tomar decisões conscientes e encontrar significado nas experiências diárias. Falar sobre saúde mental é o primeiro passo para quebrar o tabu a respeito do suicídio.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos, e no Brasil, são cerca de 14 mil casos anuais. Falar sobre Setembro Amarelo não é apenas uma questão de informação, mas de prevenção.
Ainda segundo estudos da OMS, quase 100% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais, principalmente não diagnosticados ou tratados de forma incorreta. Entre eles, a depressão lidera os índices, seguida pela ansiedade e outros transtornos que interferem no estado emocional.
Descubra mais dados sobre essa pesquisa no Site Oficial da Campanha.
Quais são os principais fatores de risco e sinais de alerta?
O suicídio não acontece de forma repentina. Geralmente, há sinais que podem ser percebidos. Entre os fatores de risco mais comuns estão:
- Transtornos mentais como depressão, transtorno bipolar e esquizofrenia;
- Histórico pessoal de tentativas anteriores;
- Ideação suicida, que pode incluir falas sobre desistência de viver ou sentimentos de desesperança;
- Eventos traumáticos ou situações de estresse intenso, como perdas significativas, separações ou problemas financeiros;
- Falta de rede de apoio, isolamento social e dificuldades nos relacionamentos;
- Uso abusivo de álcool e outras drogas;
- Doenças físicas graves ou crônicas que impactam a qualidade de vida;
- Falta de acesso a serviços de saúde mental.

Ficar atento a mudanças de comportamento é essencial. Isolamento repentino, doações inesperadas de bens, alterações de humor e falas sobre morte ou despedida são sinais que não devem ser ignorados.
O papel da prevenção e da rede de apoio
Quando falamos em prevenção, o Setembro Amarelo vai muito além de uma campanha anual: é um convite para que cada pessoa seja parte de uma rede de cuidado consigo mesmo e com o próximo.
Observar mudanças comportamentais em quem amamos, como isolamento, irritabilidade excessiva, alterações de humor e desinteresse pelas atividades, pode ser o primeiro passo para salvar uma vida.
Algumas atitudes que podem salvar vidas:
- Conversar abertamente e oferecer apoio;
- Incentivar a busca por ajuda profissional;
- Acompanhar a pessoa a consultas médicas se possível;
- Não deixá-la sozinha em momentos de crise;
- Remover acesso a meios letais;
- Em casos de urgência, acionar o SAMU (192) ou levar a um pronto-socorro.
A campanha do Setembro Amarelo é essencial para relembrar que sempre existem caminhos para enfrentar momentos de dor. Buscar apoio profissional não significa fraqueza, mas coragem para cuidar de si. Investir em saúde mental é investir em qualidade de vida, produtividade, bem-estar e relações mais saudáveis.
O CVV oferece apoio emocional gratuito 24 horas por dia, todos os dias da semana. Falar é a melhor solução!
O Centro de Valorização da Vida é um serviço voluntário gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato. Oferece atendimento pelo telefone 188, por chat, e-mail e pessoalmente.
Como cuidar da saúde mental para além do Setembro Amarelo?
Cuidar da mente exige atenção contínua, assim como fazemos com a saúde física. Pequenos hábitos podem fazer a diferença, como:
- Possuir uma rede de apoio efetiva;
- Manter o senso de propósito e motivação para viver;
- Acompanhamento médico e psicológico regular;
- Prática de atividades físicas e hobbies que tragam prazer;
- Acesso facilitado a serviços de saúde mental;
O Setembro Amarelo reforça que pedir ajuda é um ato de coragem, e a psicoterapia é uma das formas mais eficazes de prevenir crises emocionais e aprender a lidar com desafios internos.
A escuta ativa, sem julgamentos, e o suporte de profissionais qualificados são o caminho para preservar relações saudáveis e manter o equilíbrio mental.
Setembro Amarelo e Aliança Unipax
O Setembro Amarelo é um lembrete de algo que deve ser relembrado durante todo o ano. Como está sua saúde mental hoje? Você tem dado espaço para o descanso, para a terapia e para atividades que trazem prazer? Como estão as pessoas ao seu redor?
Além do CVV, na Aliança Unipax, contamos com psicólogos credenciados que podem ajudar você e sua família a atravessar momentos delicados com apoio profissional e acolhimento. Entre em contato com nossa equipe e saiba mais detalhes sobre nossa Rede de Benefícios
Se você ou alguém que você conhece está em sofrimento emocional, procure ajuda. O CVV (188) oferece apoio 24 horas por dia, gratuitamente.