Setembro Amarelo: Como identificar sinais de risco e oferecer apoio

12 de setembro, 2025

por Vitória Frederico

Setembro Amarelo: Como identificar sinais de risco e oferecer apoio



O Setembro Amarelo é um mês dedicado à reflexão e à conscientização sobre a importância de cuidar da saúde mental. A campanha teve origem com a história de Mike Emme, um jovem estadunidense que, em 1994, cometeu suicídio. 



Conhecido por seu espírito prestativo, Mike havia restaurado um Ford Mustang 1968 e pintado de amarelo, cor que hoje simboliza essa causa. Seus amigos e familiares iniciaram o programa Yellow Ribbon (Fita Amarela), dando início a uma corrente de prevenção que, anos depois, se espalhou pelo mundo.



Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), impulsiona oficialmente a campanha no Brasil, transformando o Setembro Amarelo em uma grande ação para falar sobre a importância de prevenir o suicídio.



Por que falar sobre saúde mental é essencial?



A saúde mental é um dos pilares do bem-estar humano. Ela envolve a capacidade de lidar com o estresse do dia a dia, cultivar relações saudáveis, tomar decisões conscientes e encontrar significado nas experiências diárias. Falar sobre saúde mental é o primeiro passo para quebrar o tabu a respeito do suicídio.



Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos, e no Brasil, são cerca de 14 mil casos anuais. Falar sobre Setembro Amarelo não é apenas uma questão de informação, mas de prevenção. 



Ainda segundo estudos da OMS, quase 100% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais, principalmente não diagnosticados ou tratados de forma incorreta. Entre eles, a depressão lidera os índices, seguida pela ansiedade e outros transtornos que interferem no estado emocional. 



Descubra mais dados sobre essa pesquisa no Site Oficial da Campanha



Quais são os principais fatores de risco e sinais de alerta?



O suicídio não acontece de forma repentina. Geralmente, há sinais que podem ser percebidos. Entre os fatores de risco mais comuns estão:




  • Transtornos mentais como depressão, transtorno bipolar e esquizofrenia;

  • Histórico pessoal de tentativas anteriores;

  • Ideação suicida, que pode incluir falas sobre desistência de viver ou sentimentos de desesperança;  

  • Eventos traumáticos ou situações de estresse intenso, como perdas significativas, separações ou problemas financeiros;

  • Falta de rede de apoio, isolamento social e dificuldades nos relacionamentos;

  • Uso abusivo de álcool e outras drogas;

  • Doenças físicas graves ou crônicas que impactam a qualidade de vida;

  • Falta de acesso a serviços de saúde mental.




 

Ficar atento a mudanças de comportamento é essencial. Isolamento repentino, doações inesperadas de bens, alterações de humor e falas sobre morte ou despedida são sinais que não devem ser ignorados.



O papel da prevenção e da rede de apoio



Quando falamos em prevenção, o Setembro Amarelo vai muito além de uma campanha anual: é um convite para que cada pessoa seja parte de uma rede de cuidado consigo mesmo e com o próximo. 



Observar mudanças comportamentais em quem amamos, como isolamento, irritabilidade excessiva, alterações de humor e desinteresse pelas atividades, pode ser o primeiro passo para salvar uma vida.



Algumas atitudes que podem salvar vidas:




  • Conversar abertamente e oferecer apoio;

  • Incentivar a busca por ajuda profissional;

  • Acompanhar a pessoa a consultas médicas se possível;

  • Não deixá-la sozinha em momentos de crise;

  • Remover acesso a meios letais;

  • Em casos de urgência, acionar o SAMU (192) ou levar a um pronto-socorro.



A campanha do Setembro Amarelo é essencial para relembrar que sempre existem caminhos para enfrentar momentos de dor. Buscar apoio profissional não significa fraqueza, mas coragem para cuidar de si. Investir em saúde mental é investir em qualidade de vida, produtividade, bem-estar e relações mais saudáveis.



O CVV oferece apoio emocional gratuito 24 horas por dia, todos os dias da semana. Falar é a melhor solução!



O Centro de Valorização da Vida é um serviço voluntário gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato. Oferece atendimento pelo telefone 188, por chat, e-mail e pessoalmente.



Como cuidar da saúde mental para além do Setembro Amarelo?



Cuidar da mente exige atenção contínua, assim como fazemos com a saúde física. Pequenos hábitos podem fazer a diferença, como:




  • Possuir uma rede de apoio efetiva;

  • Manter o senso de propósito e motivação para viver;

  • Acompanhamento médico e psicológico regular;

  • Prática de atividades físicas e hobbies que tragam prazer;

  • Acesso facilitado a serviços de saúde mental;



O Setembro Amarelo reforça que pedir ajuda é um ato de coragem, e a psicoterapia é uma das formas mais eficazes de prevenir crises emocionais e aprender a lidar com desafios internos. 



A escuta ativa, sem julgamentos, e o suporte de profissionais qualificados são o caminho para preservar relações saudáveis e manter o equilíbrio mental. 



Setembro Amarelo e Aliança Unipax



O Setembro Amarelo é um lembrete de algo que deve ser relembrado durante todo o ano. Como está sua saúde mental hoje? Você tem dado espaço para o descanso, para a terapia e para atividades que trazem prazer? Como estão as pessoas ao seu redor? 



Além do CVV, na Aliança Unipax, contamos com psicólogos credenciados que podem ajudar você e sua família a atravessar momentos delicados com apoio profissional e acolhimento. Entre em contato com nossa equipe e saiba mais detalhes sobre nossa Rede de Benefícios





Se você ou alguém que você conhece está em sofrimento emocional, procure ajuda. O CVV (188) oferece apoio 24 horas por dia, gratuitamente.

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