Apresentação
Apresentação e Justificativa
Ter as mesmas oportunidades, rendimentos, direitos e reconhecimento são apenas algumas das inúmeras lutas da mulher no campo. A igualdade de gênero é um dos principais Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2030, sendo o 5° dos 17 ODS.
A pesquisa divulgada pela organização internacional de combate à pobreza ActionAid mostra que 86% das mulheres brasileiras ouvidas sofreram assédio em público em suas cidades. O levantamento mostra que o assédio em espaços públicos é um problema global, já que, na Tailândia, também 86% das mulheres entrevistadas, 79% na Índia, e 75% na Inglaterra já vivenciaram o mesmo problema.
No Brasil, em 2003 existiam 10% apenas de mulheres em postos de comando no meio rural, o número saltou para 31% em 2017. Atualmente um terço das propriedades rurais têm mulheres no gerenciamento.
A presença da mulher cresceu não apenas nas fazendas, mas em outros segmentos como empresas de máquinas e insumos, indústrias de alimentos, tradings e consultorias. Assim cresceu também os desafios e as lutas por direitos iguais e de respeito a mulher no seu local de trabalho e fora dele.
A disparidade entre gênero também pode ser observada quando analisamos as questões de remunerações salarias. O Brasil apresenta um dos maiores níveis de disparidade salarial segundo pesquisa realizada na América Latina. No país, os homens ganham aproximadamente 30% a mais que as mulheres de mesma idade e nível de instrução.
As mãos das mulheres não trabalham menos que as mãos masculinas e elas sabem disso. Cientes da sua capacidade, a força feminina tem mostrado, a cada conquista, que lugar de mulher é onde ela quiser, principalmente no âmbito de poder, de tomadas de decisões, seja na cidade ou no campo.
A partir dessa premissa foi criado um núcleo dentro da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) para discutir, fortalecer e evidenciar as mulheres que estão atuando no agronegócio brasileiro.
Fomentar ações e promover discussões sobre a mulher no agronegócio brasileiro tem papel importante na formação de uma sociedade mais justa e igualitária. É preciso um posicionamento ético e justo para que o país cresça e contribua com o agronegócio mundial.