25 DE OUTUBRO DE 2022. POR BRENO CORDEIRO
ABCZ participa de mesa-redonda sobre febre aftosa durante Expo Rio Preto
Evento técnico promoveu esclarecimentos sobre transporte interestadual de animais, bem como diretrizes para a obtenção do status de zona livre de febre aftosa sem vacinação
A comitiva da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) que participou da Expo Rio Preto 2022 esteve presente também na mesa-redonda promovida durante o evento sobre a febre aftosa. O encontro reuniu representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), além de autoridades do setor agropecuário do Estado de São Paulo e o presidente da ABCZ, Rivaldo Machado Borges Júnior.
O objetivo do debate foi esclarecer para pecuaristas e outros profissionais da área sobre o processo de transição de São Paulo para o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação. O secretário de Agricultura e Pecuária de São Paulo, Francisco Maturro, falou sobre a importância de se conquistar esse status.
“Existem regras e normas sobre esse processo. O Brasil precisa elevar o seu status sanitário e está elevando. São Paulo está seguindo essas regras e normas federais e internacionais. Isso é sanidade para o nosso rebanho, mas é também alimento saudável para os brasileiros”, comentou Maturro.
Para o presidente da ABCZ, a sanidade e a prevenção da febre aftosa são prioridades para o setor não só em São Paulo, mas em nível nacional. “Quando todo o Brasil estiver livre da vacinação contra a febre aftosa, teremos que ter um olho clínico, como discutimos aqui na exposição, para que o produtor rural fique atento, porque o vírus é minúsculo e pode aparecer de uma hora para a outra. No Brasil, com 220 milhões de cabeças, isso seria uma tragédia”, enfatiza Rivaldo Machado Borges Júnior.
O evento técnico contou com a participação da superintendente federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de São Paulo, Andréa Figueiredo, que apresentou um panorama resumido sobre o Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA). De acordo com o plano, os estados brasileiros foram divididos em cinco blocos, segundo critérios definidos com órgãos internacionais de vigilância animal.
Conforme os estados cumprem uma série de requisitos, em um processo de monitoramento contínuo, o Mapa avalia a retirada da vacina em cada região. O coordenador de Defesa Agropecuária de São Paulo, Luiz Fernando Bianco, comenta sobre os desafios instaurados por esse processo.
“A retirada da vacina é um novo momento, uma maneira diferente de controlar a febre aftosa. Vale lembrar que nós já somos livres da febre aftosa – desde 1995 não se tem um caso da doença em São Paulo. Vamos continuar livres e mudar a maneira como é feito esse controle. Trata-se de uma maneira muito mais difícil e que vai exigir muito mais atenção e empenho da Defesa Agropecuária, mas a gente está se preparando cada vez mais para alcançar o status sanitário”, aponta.
Atualmente, diversas regiões do país já contam com o status definitivo de zona livre sem vacinação: os estados do Sul do Brasil, além do Acre, Rondônia e partes do Amazonas e Mato Grosso. São Paulo faz parte do Bloco 4, assim como outros 10 estados nacionais. No entanto, vale ressaltar que o Mapa suspendeu, temporariamente, a exigência da vacinação em sete estados que compõem esse bloco, embora a medida não inclua São Paulo. Esse ajuste é o que vem causando dúvidas entre os pecuaristas – especialmente, no que diz respeito ao transporte de animais de um estado em que a vacina é exigida para outro onde ela não é necessária.
“O trânsito continua livre; São Paulo precisa corrigir alguns pontos para que, a partir do final de 2023, ele também fique sem a obrigatoriedade da vacina. Mas, em relação ao transporte de animais, sejam comerciais ou PO, nada vai mudar. Continuam abertas as fronteiras sem nenhuma restrição para o ano que vem, a não ser animais que venham dos estados que já contam com o status de livre de febre aftosa sem vacinação. Para o resto do Brasil, incluindo transportes entre São Paulo e Minas Gerais, não existe restrição”, finaliza o coordenador do Integra Zebu, João Gilberto Bento.
ABCZ na Expo Rio Preto
Realizada entre os dias 19 e 23 de outubro, a 59ª Expo Rio Preto marca o retorno da maior feira pecuária do estado de São Paulo. Promovida em São José do Rio Preto (SP), a exposição contou com a presença do presidente da ABCZ, Rivaldo Machado Borges Júnior, do vice-presidente da entidade, Marcelo Ártico, e do coordenador do Integra Zebu, João Gilberto Bento.
A comitiva da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) que participou da Expo Rio Preto 2022 esteve presente também na mesa-redonda promovida durante o evento sobre a febre aftosa. O encontro reuniu representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), além de autoridades do setor agropecuário do Estado de São Paulo e o presidente da ABCZ, Rivaldo Machado Borges Júnior.
O objetivo do debate foi esclarecer para pecuaristas e outros profissionais da área sobre o processo de transição de São Paulo para o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação. O secretário de Agricultura e Pecuária de São Paulo, Francisco Maturro, falou sobre a importância de se conquistar esse status.
“Existem regras e normas sobre esse processo. O Brasil precisa elevar o seu status sanitário e está elevando. São Paulo está seguindo essas regras e normas federais e internacionais. Isso é sanidade para o nosso rebanho, mas é também alimento saudável para os brasileiros”, comentou Maturro.
Para o presidente da ABCZ, a sanidade e a prevenção da febre aftosa são prioridades para o setor não só em São Paulo, mas em nível nacional. “Quando todo o Brasil estiver livre da vacinação contra a febre aftosa, teremos que ter um olho clínico, como discutimos aqui na exposição, para que o produtor rural fique atento, porque o vírus é minúsculo e pode aparecer de uma hora para a outra. No Brasil, com 220 milhões de cabeças, isso seria uma tragédia”, enfatiza Rivaldo Machado Borges Júnior.
O evento técnico contou com a participação da superintendente federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de São Paulo, Andréa Figueiredo, que apresentou um panorama resumido sobre o Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA). De acordo com o plano, os estados brasileiros foram divididos em cinco blocos, segundo critérios definidos com órgãos internacionais de vigilância animal.
Conforme os estados cumprem uma série de requisitos, em um processo de monitoramento contínuo, o Mapa avalia a retirada da vacina em cada região. O coordenador de Defesa Agropecuária de São Paulo, Luiz Fernando Bianco, comenta sobre os desafios instaurados por esse processo.
“A retirada da vacina é um novo momento, uma maneira diferente de controlar a febre aftosa. Vale lembrar que nós já somos livres da febre aftosa – desde 1995 não se tem um caso da doença em São Paulo. Vamos continuar livres e mudar a maneira como é feito esse controle. Trata-se de uma maneira muito mais difícil e que vai exigir muito mais atenção e empenho da Defesa Agropecuária, mas a gente está se preparando cada vez mais para alcançar o status sanitário”, aponta.
Atualmente, diversas regiões do país já contam com o status definitivo de zona livre sem vacinação: os estados do Sul do Brasil, além do Acre, Rondônia e partes do Amazonas e Mato Grosso. São Paulo faz parte do Bloco 4, assim como outros 10 estados nacionais. No entanto, vale ressaltar que o Mapa suspendeu, temporariamente, a exigência da vacinação em sete estados que compõem esse bloco, embora a medida não inclua São Paulo. Esse ajuste é o que vem causando dúvidas entre os pecuaristas – especialmente, no que diz respeito ao transporte de animais de um estado em que a vacina é exigida para outro onde ela não é necessária.
“O trânsito continua livre; São Paulo precisa corrigir alguns pontos para que, a partir do final de 2023, ele também fique sem a obrigatoriedade da vacina. Mas, em relação ao transporte de animais, sejam comerciais ou PO, nada vai mudar. Continuam abertas as fronteiras sem nenhuma restrição para o ano que vem, a não ser animais que venham dos estados que já contam com o status de livre de febre aftosa sem vacinação. Para o resto do Brasil, incluindo transportes entre São Paulo e Minas Gerais, não existe restrição”, finaliza o coordenador do Integra Zebu, João Gilberto Bento.
ABCZ na Expo Rio Preto
Realizada entre os dias 19 e 23 de outubro, a 59ª Expo Rio Preto marca o retorno da maior feira pecuária do estado de São Paulo. Promovida em São José do Rio Preto (SP), a exposição contou com a presença do presidente da ABCZ, Rivaldo Machado Borges Júnior, do vice-presidente da entidade, Marcelo Ártico, e do coordenador do Integra Zebu, João Gilberto Bento.
